sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Culinária e Vestimenta Africanas





Elementos tradicionais da comida africana

Há diferenças significativas nas técnicas culinárias e nos hábitos de comer e beber do continente entre as regiões norte, leste, oeste, sul e central. Porém, em quase todas as culturas africanas, a culinária usa uma combinação de frutas disponíveis localmente, grãos, vegetais, leite e carne. Em algumas partes da África, a comida tradicional tem predominância de leite, coalhada e soro de leite. Entretanto, em boa parte da África tropical, o leite de vaca é raro. 

Vegetais na culinária africana
Vegetais ocupam um papel importante na culinária africana, sendo a principal fonte de vitaminas e fazendo parte de vários pratos constituídos de milho, mandioca, inhame e feijão. Esses vegetais também fornecem fonte secundária de proteínas. Em geral, folhas verdes e hastes jovens são coletadas, lavadas, cortadas e preparadas no vapor ou  fervidas em combinação com especiarias e outros vegetais como cebola e tomate. 

A maioria dos vegetais mais importantes na comida africana tem origem fora da África. Milho, feijão, mandioca e abóbora são originários das Américas e foram introduzidos na África pelos europeus no século 16. A maior parte do vegetais verdes africanos são resistentes à seca. A comida africana tradicional provê uma dieta variada geralmente rica em vitaminas e sais minerais, incluindo vitamina A, ferro e cálcio.

Comida afro-brasileira

Por volta do século 16 a alimentação cotidiana na África, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, feijão, sorgo, milho e cuscuz. A carne era predominantes de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais como o  azeite-de-dendê. 
A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; e nas pobres era de farinha, laranja e banana. Os temperos utilizados na comida eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. O cuscuz já era conhecido na África antes da chegada dos portugueses ao Brasil, e tem origem no norte da África, entre os berberes. No Brasil, o cuscuz é consumido doce, feito com leite e leite de coco, a não ser o cuscuz paulista, consumido com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes. O leite de coco é usado para regar peixes, mariscos, arroz-de-coco, cuscuz, mungunzá e outras iguarias.



Traje africano

Os povos do continente africano costumam usar trajes, pinturas corporais, tecidos e adornos, conforme as identidades de seus devidos grupos.
Geralmente as pinturas são usadas em cerimônias, para enfeitar o corpo ou para exibir o estilo de sua tribo, todas as pinturas tem um significado diferente.
A vestimenta africana tradicional é o traje usado pelos povos nativos do continente, por vezes substituida por roupas ocidentais introduzidas pelos colonizadores europeus.
Ao nordeste da África, particularmente no Egito, a vestimenta foi influenciada pela cultura do Oriente Médio, como a Gellabiya presente nos paises do Golfo.
Contrariamente a noroeste onde a influencia externa foi menor, as roupas preservam as suas caracteristicas próprias.
A Jellaba ou Gellabiya, tem caracteristicas semelhantes ao BouBou (pronuncia: bubu) e o Dashiki, embora menos estilizado do que esse.
No Sahel esses trajes são bastante usados, porém não são os unicos.
No Mali, por exemplo, usa-se o Bògòlanfini.
O Dashiki é bastante ornamentado e guarnecido por uma gola em V.
O Boubou é mais simples, mais ainda que o Jellaba, apesar das cores e padrões alcançarem grande beleza, especialmente entre os Tuaregues, conhecidos pela tintura com índigo.
A influencia ocidental chega através de roupas usadas revendidas no mercado africano.
Essas "roupas de branco usadas" conhecidas por mitumba, são bastante comuns em algumas partes do continente.
Ha muita polemica entorno delas.
Os criticos consideram uma ameaça às manufaturas locais e queixamse da exploração dos consumidores.
Outros argumentam que essas roupas competem por preço baixando a qualidade dos produtos locais.
O fato é que estão disponiveis nas feiras e mercados, mesmo nos paises que tentaram bani-las, o que aponta para o apetite por esse genero mitumba.
Porém prevalece o uso de roupa larga e clara, para adaptar-se ao clima quente, em qualquer tipo de roupa.
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Indumentaria Contemporânea

A vestimenta das mulheres africanas, baseia-se, em grande parte, em panos ou cangas que enrolam no corpo como vestidos, cangas, capulanas, etc.
São belos tecidos cuja padronagem e acabamento é reconhecida mundialmente.
Os africanos, mais do que ninguém, falam através de seus panos.
âEu ando mais rápido do que minha rivalâ, âmeu marido é capazâ e âseu pé, meu péâ são algumas das expressões ditas por meio das famosas estampas figurativas impressas nos tecidos feitos naquele continente, principalmente em locais como Gana, Benin, Togo e Costa do Marfim (todos com a mesma matriz lingüística e cultural, a Akan).
As africanas vêem uma roupa Gucci ou Dior, copiam o modelo e dizem para o costureiro: quero um igual a este. Com uma vantagem: elas adaptam a roupa ao próprio gosto.
O que importa não é se é Gucci ou Dior, e sim se o tecido é bom, se a roupa é bem-feita.
Pois é: na África, o hábito de comprar um tecido e levá-lo para os profissionais que o cortam e costuram ao seu modo ainda é preservado, assim como foi comum em um Brasil não muito distante. âTodos encomendam roupas, dos mais ricos aos mais pobresâ, diz a pesquisadora, informando que, entre os últimos, também é bastante comum a compra de roupas de segunda mão.
A prática de mandar fazer vestidos, saias e blusas é tão comum que, nas feiras-livres, vêem-se homens e mulheres com máquinas de costura sentados no chão à espera de clientes que chegam com croqui na mãos.
Eles também têm catálogos com desenhos que são propostos pelas africanas, estas, como em outros países, bem mais propensas à moda do vestir do que eles.

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