sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O SINCRETISMO DOS ORIXÁS E OS SANTOS CATÓLICOS NO BRASIL

OXALÁ O mais elevado dos deuses iorubás Nosso Senhor do Bonfim.
OGUM Deus dos guerreiros Santo Antônio na Bahia e São Jorge no Rio de Janeiro
XANGÔ Deus do trovão São Jerônimo
OXUM Deusa das águas doces e do amor Nossa Senhora das Candeias, na Bahia e Nossa Senhora dos Prazeres em Recife.
OIÁ-IANSÃ Deus dos caçadores São Jorge na Bahia e São Sebastião no Rio de Janeiro
IEMANJÁ Deusa dos mares e oceanos Nossa Senhora da Imaculada Conceição
OBALUAÊ/OMULU Deus da varíola e das doenças São Lázaro e São Roque, na Bahia São Sebastião, no Recife e Rio de Janeiro
OXUMARÉ Deus da chuva e do arco iris São Bartolomeu
EXU Mensageiro e guardião dos templos, das casas e das pessoas. Diabo
OSSAIM Divindade das plantas medicinais e litúrgicas Santa Catarina
OBÁ Deusa dos rios Sant’ Ana (Nossa Senhora Santana)
LOGUM EDÉ Deusa da lama Santo Expedito
IBEJIS Deuses da alegria São Cosme e Damião
OLUDUMARÉ Criador dos Orixás Nenhum culto, ou santo é lhe destinado.

Os 12 Orixás mais cultuados no Brasil!!!




Cada um deles tem seu símbolo, o seu dia da semana. Suas vestimentas e cores próprias. Como os homens são temperamentais.
Suas vestimentas são sempre muito ricas de cores.
EXU
Orixá mensageiro entre os homens e os deuses, guardião da porta da rua e das encruzilhadas. Só através dele é possível invocar os Orixás.
Elemento: Fogo
Personalidade: Atrevido, agressivo
Símbolo: Ogô (um bastão adornado com cabaças e búzios).
Dia da semana: Segunda-Feira
Colar: Vermelhoe preto
Roupa: Vermelha e preta
Sacrifício: Bode e galo preto
Oferendas: Farofa com dendê, feijão, inhame, água, mel e aguardente.
OXÓSSI
Deus da caça. É o grande patrono do Candomblé brasileiro.
Elemento: Florestas
Personalidade: Intuitivo e emotivo
Símbolo: Rabo de cavalo e chifre de boi
Dia da semana: Quinta-feira
Colar: Azul claro
Roupa: Azul ou verde claro
Sacrifícios: Galo ou bode avermelhado e porco.
Oferendas: Milho branco e amarelo, peixe de escamas, arroz, feijão e abóbora
OXUM
Deusa das águas doces (rios, fontes e lagos). É também deusa do ouro, da fecundidade do jogo de búzios e do amor.
Elemento: Água
Personalidade: Maternal e tranqüila
Símbolo: Abebê (leque espelhado)
Dia da semana: Sábado
Colar: Amarelo ouro
Roupa: Amarelo ouro
Sacrifício: Cabra, galinha, pomba
Oferendas: Milho branco, Xinxim de galinha, ovos, peixes de água doce.
OBALUAÊ
Deus da peste, das doenças da pele e, atualmente da AIDS. É o médico dos pobres.
Elemento: Terra
Personalidade: Tímido e vingativo
Símbolo: Xaxará (feixe de palha e búzios)
Dia da semana: Segunda-feira
Colar: Preto e vermelho, ou vermelho, branco e preto.
Roupa: Vermelha e preta coberta de palha
Sacrifício: Galo, pato, bode e porco
Oferendas: Pipoca, feijão e milho, com muito dendê.
IANSÃ
Deusa dos ventos e das tempestades. É a senhora dos raios e dona das alma dos mortos.
Elemento: Fogo
Personalidade: Impulsiva e imprevisível
Símbolo: Espada e rabo de cavalo (representa a realeza)
Dia da semana: Quarta-feira
Colar: Vermelho ou marrom escuro
Roupa: Vermelha
Sacrifício: Cabra e galinha
Oferendas: Milho branco, arroz, feijão e acarajé.
OSSAIM
Deus das folhas e ervas medicinais. Conhece seus usas e palvras mágicas (ofós) que despertam seus poderes
Elemento: Matas
Personalidade: Instável e emotivo
Símbolo: Lança com pássaros na forma de leque e feixes de folhas
Dia da semana: Quinta-feira
Colar: Branco rajado de verde
Sacrifício: Galo e carneiro
Oferendas: Feijão, arroz, milho vermelho e farofa de dendê.
OXUMARÉ
Deus da chuva e do arco-iris. É ao mesmo, de natureza masculina e feminina. Transporta a água entre o céu e a terra.
Elemento: Água
Personalidae: Sensível e tranqüilo
Símbolo: Cobra de metal
Dia da semana: Quinta-feira
Colar: Amarelo verde
Roupa: Azul claro e verde claro
Sacrifício: Bode, galo, tatu
Oferendas: Milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos.
XANGÔ
Deus do fogo e do trovão. Diz a tradição que foi rei de oyó, cidade da Nigéria. É viril, violento e justiceiro. Castiga os mentirosos e protege advogados e juízes.
Elemento: Fogo
Personalidade: Atrevido e prepotente
Símbolo: Machado duplo (oxé)
Dia da semana: Quarta feira
Colar: Branco
Roupa: Branca e vermelha, com coroa de latão
Sacrifício: Galo, pato, carneiro e cágado
Oferendas: Amalá (quiabo com camarão seco e dendê).
NANÃ
Deusa da lama e do fundo dos rios, associada à fertilidade, à doença e a morte. É a orixá mais velha de todos e, por isso, muito respeitada.
Elemento: Terra
Personalidade: Vingativa e mascarada
Símbolo: Ibiri (cetro de palha e búzios)
Dia da semana: Sábado
Colar: Branco,azul e vermelho
Roupa: Branco e azul
Sacrifício: Cabra e galinha
Oferendas: Milho branco, arroz, feijão, mel e dendê.
IEMANJÁ
Considerada deusa dos mares e oceanos. É a mãe de todos os Orixás e representada com seus seios volumosos , simbolizando a maternidade e a fecundidade.
Elemento: Água
Personalidade: Maternal e tranqüila
Símbolo: Leque e espada
Dia da semana: Sábado
Colar: Transparente verde ou azul claro
Roupa: Branco e azul
Sacrifício: Porco, cabra e galinha
Oferendas: Peixes do mar, arroz, milho, camarão com coco.
OXALÁ
Deus da criação. É o Orixá que criou os homens. Obstinado e independente, é representado de duas maneiras: Oxaguiã, jovem, o Oxalufã, velho.
Elemento: Ar
Personalidade: Equilibrado e tolerante
Símbolo: Oparoxó (cajado de alumínio com adornos)
Dia da semana: Sexta-feira
Colar: Branco
Roupa: Branca
Sacrifício: Cabra, galinha, pomba, pata e caracol.
Oferendas: Arroz, milho branco e massa de inhame.
OGUM
Deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e, sem sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso.
Elemento: Ferro
Símbolo: Espada
Personalidade: Impaciente e obstinado
Dia da semana: Terça-feira
Colar: Azul marinho
Roupa: Azul, verde escuro, vermelho ou amarelo/
Sacrifício: Galo e bode avermelhados – Oferendas: Feijoada, xinxim e inhame.

O sangue que corre em mim, tem origem nos solos africanos!

Haverá um tempo em que as diferenças se unirão como se nunca houvessem se separado!

SOU NEGRO
A Dione Silva
Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs

Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.

Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso

Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...

(Solano Trindade)

Mais curiosidades sobre a África do Sul

A República da África do Sul é muito conhecida por suas belezas naturais, com desertos, montanhas e planícies. Além desses, sua diversidade cultural e religiosa sobressaem aos olhos do mundo, diante de tantas belezas.
A língua falada na administração do país é o inglês, somado a mais dez diferentes línguas oficiais, que varia conforme a região.

Parece que tudo lá é de grande variedade. Praias, safári, mergulho, grande número de aves, turismo ecológico, dentre outros.

Não podemos falar desse país sem relembrar os mais de trinta anos que sofreu com o apartheid. Em Johannesburg está localizado o museu do Apartheid, onde pode-se conhecer de perto, através de vídeos, fotos e objetos, essa triste história de preconceito racial.

Fonte: www.brasilescola.com/africa-do-sul/

Capoeira

A música é um componente fundamental da capoeira. Foi introduzida como forma de ludibriar os escravizadores, fazendo-os acreditar que os escravos estavam dançando e cantando, quando na verdade estavam desenvolvendo e treinando uma arte-marcial para se defenderem. Componente fundamental de uma roda de capoeira, ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado. A música é criada pela bateria e pelo canto (solista ou em coro), geralmente acompanhados de um bater de palmas.

Instrumentos musicais da capoeira e outros instrumentos que compõem a roda de capoeira.
A bateria é tradicionalmente composta por três berimbaus, dois pandeiros e um atabaque, mas o formato pode variar excluindo-se ou incluindo-se algum instrumento, como o agogô e o ganzuá. Um dos berimbaus define o ritmo e o jogo de capoeira a ser desenvolvido na roda. Desta maneira, é a música que comanda a roda de capoeira, não só no ritmo mas também no conteúdo.



No Brasil, o pandeiro entrou por via portuguesa(sua provável origem é árabe). O negro aproveitou o pandeiro para utilizá-lo em seus folguedos. o pandeiro era usado para acompanhar as procissões religiosas, assim como ele fez parte da primeira procissão que se realizou no Brasil, em 13 de junho de 1549 na Bahia(Corpus Christi). Feito de couro de cabra e madeira, de forma arredondada, é o som cadenciado do pandeiro que acompanha o som do berimbau, dando "molejo" ao som da roda. Ao tocador de pandeiro é permitido executar floreios e viradas para enfeitar a música.


O berimbau, é um instrumento de corda, de origem angolana, também conhecido como berimbau de peito em Portugal ou como hungu em Angola e grande parte do continente africano. No Brasil, também é conhecido por urucungo, urucurgo, orucungo, oricungo, uricungo, rucungo, ricungo, berimbau metalizado, gobo, marimbau, bucumbumba, bucumbunga, gunga, macungo, matungo, mutungo, aricongo, arco musical e rucumbo.

O atabaque (ou Tabaque) é um instrumento musical de percussão. O nome é de origem árabe: at-tabaq (prato). Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas coberta de couro de boi, veado ou bode.

O agogô faz parte da "bateria" da roda da capoeira, onde é mais conhecido por "gã" - nome este que vem de akokô, palavra nagô que significa "relógio" ou "tempo", assim como um som extraído de um instrumento metálico.
Reco-reco (também raspador, caracaxá ou querequexé) é um termo genérico que indica os idiofones cujo som é produzido por raspagem. No Brasil, a forma mais comum é constituída de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira com talhos transversais. A raspagem de uma baqueta sobre os talhos produz o som.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS!!!

Todos os cultos afro-brasileiros fazem oferendas, pagamento de favores recebidos como resgate pelas faltas aos preceitos religiosos. Dos alimentos são preparadas refeições para os membros da comunidades e seus convidados, servidas em verdadeiros banquetes - carne de boi, bode, carneiro, aves, peixes, além de frutas, doces e bebidas.
Entre outras, são reverenciadas nos cultos afro-brasileiros as seguintes entidades: Espirito Santo, Arcanjo São Miguel, Nossa Senhora (sob várias invocações), São Benedito, São Bartolomeu, Santa Bábara, São Jorge, São João e Santos Cosme e Damião.

CULTURA DOS ORIXÁS 

As cerimônias são realizadas a partir do culto dos orixás, presentes hoje no Recife, Salvador e Porto Alegre.
Entidades da religião dos orixás: Olorum, Orixalá, Orumilá (Ifá), Xangô, Ossain, Xapanã (Omulu/Obaluaê),Ogum, Oxossi, Oxum, Iemanjá, Iansã, Oxumaré, Oroco, Ibêji.

OS ORIXÁS 


A religião dos orixás foi trazidas para o Brasil pelos Iorubás, aqui chamados Nags, chegados a partir do século XIX, na década iniciada em 1810. O país dos Iorubás é hoje a Nigéria, na África ocidental. Nesse país vivem também Hauçás, Ibos e vários outros grupos étnicos. No Brasil os orixas são cultuados nos candomblés da Bahia, no Xangô do Recife, em grandes centros como os estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Ou seja, no país todo.
No Rio Grande do Sul a manifestação recebe o nome de batuque ou nação(casa-de-nação). É nesta expressão sul-rio-grandense da religião dos orixás que se baseiam os trabalhos do artista negro Pedro Homero.
Na umbanda, os orixás do candomblé são cultuadas. Os guias, entidades espirituais, se apresentam na forma de espírito indígena, pretos velhos ou pomba-gira que dão conselhos e passes. Surgida no Rio de Janeiro na década de 1920 é uma mistura de elementos religiosos afro-brasileiros e do espiritismo - um sincretismo religioso.
Ogum é o orixá da guerra, do ferro e das artes marciais. Considerado violento, representa na dança esta caracteristica. "Em Porto Alegre no dia 23 de abril, que lhe é consagrado, a imagem do santo sai em procissão da Igreja São Jorge, no bairro Partenon, acontecimento concorridíssimo, pelos filhos do orixá. Ali, em resposta a saudação como viva São Jorge! Ouvem-se agú-nhê! A da divindade no Batuque.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Culinária e Vestimenta Africanas





Elementos tradicionais da comida africana

Há diferenças significativas nas técnicas culinárias e nos hábitos de comer e beber do continente entre as regiões norte, leste, oeste, sul e central. Porém, em quase todas as culturas africanas, a culinária usa uma combinação de frutas disponíveis localmente, grãos, vegetais, leite e carne. Em algumas partes da África, a comida tradicional tem predominância de leite, coalhada e soro de leite. Entretanto, em boa parte da África tropical, o leite de vaca é raro. 

Vegetais na culinária africana
Vegetais ocupam um papel importante na culinária africana, sendo a principal fonte de vitaminas e fazendo parte de vários pratos constituídos de milho, mandioca, inhame e feijão. Esses vegetais também fornecem fonte secundária de proteínas. Em geral, folhas verdes e hastes jovens são coletadas, lavadas, cortadas e preparadas no vapor ou  fervidas em combinação com especiarias e outros vegetais como cebola e tomate. 

A maioria dos vegetais mais importantes na comida africana tem origem fora da África. Milho, feijão, mandioca e abóbora são originários das Américas e foram introduzidos na África pelos europeus no século 16. A maior parte do vegetais verdes africanos são resistentes à seca. A comida africana tradicional provê uma dieta variada geralmente rica em vitaminas e sais minerais, incluindo vitamina A, ferro e cálcio.

Comida afro-brasileira

Por volta do século 16 a alimentação cotidiana na África, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, feijão, sorgo, milho e cuscuz. A carne era predominantes de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais como o  azeite-de-dendê. 
A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; e nas pobres era de farinha, laranja e banana. Os temperos utilizados na comida eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. O cuscuz já era conhecido na África antes da chegada dos portugueses ao Brasil, e tem origem no norte da África, entre os berberes. No Brasil, o cuscuz é consumido doce, feito com leite e leite de coco, a não ser o cuscuz paulista, consumido com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes. O leite de coco é usado para regar peixes, mariscos, arroz-de-coco, cuscuz, mungunzá e outras iguarias.



Traje africano

Os povos do continente africano costumam usar trajes, pinturas corporais, tecidos e adornos, conforme as identidades de seus devidos grupos.
Geralmente as pinturas são usadas em cerimônias, para enfeitar o corpo ou para exibir o estilo de sua tribo, todas as pinturas tem um significado diferente.
A vestimenta africana tradicional é o traje usado pelos povos nativos do continente, por vezes substituida por roupas ocidentais introduzidas pelos colonizadores europeus.
Ao nordeste da África, particularmente no Egito, a vestimenta foi influenciada pela cultura do Oriente Médio, como a Gellabiya presente nos paises do Golfo.
Contrariamente a noroeste onde a influencia externa foi menor, as roupas preservam as suas caracteristicas próprias.
A Jellaba ou Gellabiya, tem caracteristicas semelhantes ao BouBou (pronuncia: bubu) e o Dashiki, embora menos estilizado do que esse.
No Sahel esses trajes são bastante usados, porém não são os unicos.
No Mali, por exemplo, usa-se o Bògòlanfini.
O Dashiki é bastante ornamentado e guarnecido por uma gola em V.
O Boubou é mais simples, mais ainda que o Jellaba, apesar das cores e padrões alcançarem grande beleza, especialmente entre os Tuaregues, conhecidos pela tintura com índigo.
A influencia ocidental chega através de roupas usadas revendidas no mercado africano.
Essas "roupas de branco usadas" conhecidas por mitumba, são bastante comuns em algumas partes do continente.
Ha muita polemica entorno delas.
Os criticos consideram uma ameaça às manufaturas locais e queixamse da exploração dos consumidores.
Outros argumentam que essas roupas competem por preço baixando a qualidade dos produtos locais.
O fato é que estão disponiveis nas feiras e mercados, mesmo nos paises que tentaram bani-las, o que aponta para o apetite por esse genero mitumba.
Porém prevalece o uso de roupa larga e clara, para adaptar-se ao clima quente, em qualquer tipo de roupa.
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Indumentaria Contemporânea

A vestimenta das mulheres africanas, baseia-se, em grande parte, em panos ou cangas que enrolam no corpo como vestidos, cangas, capulanas, etc.
São belos tecidos cuja padronagem e acabamento é reconhecida mundialmente.
Os africanos, mais do que ninguém, falam através de seus panos.
âEu ando mais rápido do que minha rivalâ, âmeu marido é capazâ e âseu pé, meu péâ são algumas das expressões ditas por meio das famosas estampas figurativas impressas nos tecidos feitos naquele continente, principalmente em locais como Gana, Benin, Togo e Costa do Marfim (todos com a mesma matriz lingüística e cultural, a Akan).
As africanas vêem uma roupa Gucci ou Dior, copiam o modelo e dizem para o costureiro: quero um igual a este. Com uma vantagem: elas adaptam a roupa ao próprio gosto.
O que importa não é se é Gucci ou Dior, e sim se o tecido é bom, se a roupa é bem-feita.
Pois é: na África, o hábito de comprar um tecido e levá-lo para os profissionais que o cortam e costuram ao seu modo ainda é preservado, assim como foi comum em um Brasil não muito distante. âTodos encomendam roupas, dos mais ricos aos mais pobresâ, diz a pesquisadora, informando que, entre os últimos, também é bastante comum a compra de roupas de segunda mão.
A prática de mandar fazer vestidos, saias e blusas é tão comum que, nas feiras-livres, vêem-se homens e mulheres com máquinas de costura sentados no chão à espera de clientes que chegam com croqui na mãos.
Eles também têm catálogos com desenhos que são propostos pelas africanas, estas, como em outros países, bem mais propensas à moda do vestir do que eles.

Dia da Consciência Negra História do Dia da Consciência Negra, cultura afro-brasileira, importância da data, quem foi Zumbi dos Palmares

História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

A mãe do cativo


Castro Alves

Ó mãe do cativo! que alegre balanças
A rede que ataste nos galhos da selva!
Melhor tu farias se à pobre criança
Cavasses a cova por baixo da relva. 

Ó mãe do cativo! que fias à noite
As roupas do filho na choça da palha!
Melhor tu farias se ao pobre pequeno
Tecesses o pano da branca mortalha.
  
Misérrima! E ensinas ao triste menino
Que existem virtudes e crimes no mundo
E ensinas ao filho que seja brioso,
Que evite dos vícios o abismo profundo ...

E louca, sacodes nesta alma, inda em trevas,
O raio da esperança... Cruel ironia!
E ao pássaro mandas voar no infinito,
Enquanto que o prende cadeia sombria! ... 


II
Ó Mãe! não despertes est'alma que dorme,
Com o verbo sublime do Mártir da Cruz!
O pobre que rola no abismo sem termo
Pra qu'há de sondá-lo... Que morra sem luz.

Não vês no futuro seu negro fadário,
Ó cega divina que cegas de amor?!
Ensina a teu filho - desonra, misérias,
A vida nos crimes - a morte na dor. 

Que seja covarde... que marche encurvado...
Que de homem se torne sombrio reptíl.
Nem core de pejo, nem trema de raiva
Se a face lhe cortam com o látego vil.

Arranca-o do leito... seu corpo habitue-se
Ao frio das noites, aos raios do sol.
Na vida - só cabe-lhe a tanga rasgada!
Na morte - só cabe-lhe o roto lençol.

Ensina-o que morda... mas pérfido oculte-se
Bem como a serpente por baixo da chã
Que impávido veja seus pais desonrados,
Que veja sorrindo mancharem-lhe a irmã.

Ensina-lhe as dores de um fero trabalho...
Trabalho que pagam com pútrido pão.
Depois que os amigos açoite no tronco...
Depois que adormeça co'o sono de um cão.

Criança - não trema dos transes de um mártir!
Mancebo - não sonhe delírios de amor!
Marido - que a esposa conduza sorrindo
Ao leito devasso do próprio senhor! ...

São estes os cantos que deves na terra
Ao mísero escravo somente ensinar.
Ó Mãe que balanças a rede selvagem
Que ataste nos troncos do vasto palmar.


III
Ó Mãe do cativo, que fias à noite
À luz da candeia na choça de palha!
Embala teu filho com essas cantigas...
Ou tece-lhe o pano da branca mortalha.